Atuando no Stamford Bridge, foi o Chelsea que tomou o primeiro susto do confronto. Aos 10 minutos, Evra avançou pela esquerda e passou para Rooney, que fez o giro dentro da área e bateu com força, mandando a bola muito próxima do gol. Na sequência, o que se viu foi duas defesas bem postadas e seguras, enquanto os meio-campistas se esforçavam para manter o nível do jogo alto.
Manchester e Chelsea abusaram dos contra-ataques, longos lançamentos e chutes de fora da área. Nenhum deles, no entanto, foi suficiente para abrir o placar durante o primeiro tempo. A melhor chance do time anfitrião surgiu aos 32 minutos, quando Anelka recebeu pela direita e bateu cruzado, obrigando Van Der Sar a espalmar a bola.
Embora os
Red Devils tenham começado melhor o jogo, os comandados de Carlo Ancelotti equilibraram a partida e começaram a ficar mais com a posse de bola, mas ainda assim não conseguiam uma grande chance de gol.
O segundo tempo do clássico começou mais agitado, e novamente foi o United que criou a primeira chance de perigo, aos nove, quando o volante Fletcher bateu forte, mas Ricardo Carvalho conseguiu se jogar na bola e impedir que ela tomasse o caminho do gol. Os
Blues responderam em seguida, com Lampard aproveitando um cruzamento da direita, mas cabeceando sem precisão.
Aos 20 minutos, o Manchester voltou a assustar com Rooney, que tabelou com Valencia na direita e chutou cruzado, rasteiro, tirando tinta da trave de Cech. Pouco depois, o atacante voltou a obrigar o goleiro a trabalhar, ao arriscar de fora da área uma bola com efeito, que o camisa 1 precisou pular para espalmar.
Mas, movido por seus "jogadores-símbolo", foi o Chelsea que abriu o placar. Aos 31 minutos, Lampard cobrou falta da esquerda e Terry subiu mais do que a defesa e cabeceou ainda na primeira trave, no contrapé de Van der Sar, balançando as redes para o delírio dos presentes no Stamford Bridge.
Em desvantagem no placar, o Manchester United ficou mais nervoso, e a partida começou a ficar tensa para ambos os lados. Após Ricardo Carvalho desarmar Rooney com força, o jovem Evans não se conteve e deu um pontapé no português, tomando cartão amarelo e provocando confusão entre os jogadores.
Desesperado, Ferguson colocou Obertan e Owen nos lugares de Giggs e Anderson, indo com tudo à frente. Querendo segurar a partida, Ancelotti tirou Drogba e Anelka e pôs Kalou e o zagueiro Alex, e se revoltou com os cinco minutos de acréscimo dados pelo árbitro, estes últimos instantes recheados de lances de perigo do United em um claro "ataque contra defesa". No entanto, a retranca azul prevaleceu sobre o time vermelho, e o Chelsea saiu vitorioso e deu um grande passo rumo ao título inglês.
Com o resultado, a equipe do técnico Carlo Ancelotti confirma uma campanha até aqui irretocável na temporada 2009/10 da Premier League. Em 12 jogos, o time londrino tem 30 pontos e é o primeiro colocado, cinco pontos à frente de Arsenal e do próprio Manchester United.